segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Piedade






















Lançamento do Livro: MARABAIXO, dança Afrodescendente: significando a Identidade Étnica do Negro Amapaense, da Doutora Piedade Lino Videira no SESC/CENTRO. O lançamento foi regado a muita gengibirra e Marabaixo.






















MERY LÚCIA DA COSTA AMARAL - Vice-presidente da ACDAB

Do bairro negro de Macapá - Laguinho, Mery é dançadeira popular e é formada em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Vale do Acaraú - UVA/AP e acadêmica do 2° semestre do curso de Licenciatura em Educação Física.


MARILENE COSTA DE AZEVEDO - Presidente da ACDAB

Cantadeira, Marilene tem bacharelado em Administração Pública pela Faculdade FAMA.

sábado, 5 de dezembro de 2009


PIEDADE LINO VIDEIRA

Fundadora, coreógrafa e Coordenadora Geral da Associação Companhia de Dança Afro Baraká - ACDAB. Doutora em Educação Brasileira pela Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará. É autora do livro Marabaixo, Dança Afrodescendente, significando a Identidade Étnica do Negro Amapaense e também é dançadeira de Marabaixo.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

HISTÓRICO CIA. DE DANÇA AFRO BARAKÁ







  • CIA. DE DANÇA AFRO BARAKÁ, que significa Força Espiritual na linguagem africana Yorubá, apresenta os espetáculos denominado: ILÚ – IWA – IBILE; Cenas da vida cotidiana e Dança da Fertilização.
    O espetáculo denominado IKÚ – IWA – ÍBILE, que significa (batuque, costume e tradição), dentro da linguagem yorubá (linguagem dos orixás), agrega vários elementos de nossa cultura e, portanto, traz em seus bojos matrizes da cultura africana e da cultura amapaense.
    O seu objetivo principal é evidenciar em quadros coreográficos, toda a trajetória de uma etnia, que sempre lutou e ainda luta pela socialização dos direitos à cidadania plena e pelo resgate de sua identidade.
    A base do trabalho desta companhia são as manifestação culturais afro-brasileira, realizadas dentro das comunidades quilombolas, rurais e urbanas do nosso Estado, todas de predominância afro.

    No primeiro quadro apresentamos a coreografias “FESTEJO”
    BREVE RESUMO: O povo negro foi raptado da África, para ser escravizados, humilhados e maltratados no Brasil. A brutalidade da qual foram vítimas todas as pessoas trazidas em condições sub-humanas em navios negreiros para o Brasil, não teve limites, onde para violentar, os donos do poder negavam que os negros possuíam alma. Todavia essas atitudes etnocêntricas não impediram, nem inibiram o povo negro de se manifestar; ou seja, de dançar, rezar e referenciar seus deuses afros. E mesmos cansados da labuta diárias festejam o bem maior de todo o ser humano, a vida.

    No segundo quadro apresentamos a coreografia denominada: “AFOXÉ”.
    BREVE RESUMO: nesta coreografia evidenciamos a beleza, a sensualidade e a magia de dança de algumas entidades (cablocas dentro do sincretismo religioso na umbanda). Que além de representarem a fertilidade, nos dão exemplos da garra, força e coragem de mulher verdadeiramente guerreira.

    No Terceiro Quadro apresentamos a coreografia denominada:
    “GUERREIRA”
    BREVE RESUMO: As mulheres foram vistas por muito tempo como sexo frágil. Todavia a mulher principalmente a negra que é a mais pobre das pobres sempre teve e tem que reunir toda a sua força física e espiritual para conseguir burlar as dificuldades diárias. E quando da impossibilidade de seus maridos ela tinha e ainda continua tendo a responsabilidade de cuidar de sua família e ainda lutar contra as situações adversas.
    A mulher negra dentro dessa conjutura e uma heroína e deve ser sempre reverenciada.

    No Quarto Quadro apresentamos a coreografia denominada de “EVOCAÇÃO”

    BREVE RESUMO: A munlher negra na atualidade resiste as todas as situações que impedem de ir e vir como consta nos constitutivos legais que diz ser direito de todos os sidadões; onde consta ainda que todos são “iguais” perante a Lei.
    A nossa resistência é para que possamos manter viva em nós, na humanidade e reafirmada em nossos descentes diretos e indiretos a história digna, linda e corretamente descrita da nossa matriz africana, para que nós possamos sentir orgulho de ser negro “AFRO- AFRODESCENDENTES”.

    No Quinto Quadro apresentaremos a coreografia “ALUTA CONTINUA”
    BREVE RESUMO: O povo negro desde cedo aprende que para vencer é preciso lutar. Luta esta que deve ser partilhada com todas as pessoas consciente de que a cor da pele, os traços fisionômicos, a condição social e econômica por si não devem medir o valor como pessoa que cada ser humano tem. Até porque, acreditamos ser através da expressão do “EU” do seu caráter e relacionamento interpessoal que uma pessoa pode ou não ser considerada mais evoluída que a outra.

    No Sexto Quadro apresentaremos a coreografia “ILÚ” (significa batuque em ( YORUBÁ).
    BREVE RESUMO: Nesta coreografia evidenciamos a fusão de ritmos que podemos extrair de tambores do batuque e caixas de marabaixo. Esses ritímos nos permitem brincar com os movimentos coreográficos, pautando-nos na sensualidade, equilíbrio e delicadeza peculiares na dança da mulher negra.

    No Sétimo Quadro apresentamos a coreografia “MISSÃO”.
    BREVE RESUMO: Esta coreografia é uma homenagem a sete orixás femininos, quais sejam: YANSÃ, OBA, NANA BURUQUÊ , OXUM, IEMANJÁ, UM ORIXÁ masculino, Oxalá é uma elemento da natureza, o vento. Esses elementos são encontrados dentro do candoblé que significa para RIBEIRO( 1996), “um culto aos orixás que são considerados, na religião tradicional yorubá, emanação do ser supremo, dele possuindo atributos e tendo como propósito servir a vontade divina na organização do universos. Algumas das divindades são primordiais, participam da criação do mundo; outras foram acentrais que desenvolveram uma vida exemplar, e a partir disso, passa a ser deitificada; e outras personificam força da natureza. É importante serem os nomes dos orixás descritos, informando sua natureza, seu caráter, suas funções.

    No Oitavo Quadro representamos a coreografia “IBILÉ” (significa tradição em yorubá).
    BREVE RESUMO: O povo negro trazido ao Amapá possui uma trajetória cheia de suposições. Todavia sabe-se que a nossa forte expressão cultural é de origem africana. E seu nome lembra a saudosa travessia do povo negro do mar - a – baixa. Daí originou-se o nome Marabaixo. Dança típica do Amapá. Dançada em grande parte dos municípios que descendem dos africanos.
    Na capital dois bairros tradicionais (Laguinho e Favela) mantem viva esta tradição secular que envolve o lado profano (dança) e o religioso (crença, fé e ladainha que ainda hoje são cantadas em latim) propriamente dita.
    O Marabaixo e Batuque hoje passa por um novo momento, ou seja os artistas locais adicionam em sua base rítmica os tambores e o ritmo tradicional do Marabaixo e do Batuque, isso proporciona uma interação maior entre a nossa música, a população deste Estado, assim como proporciona o fortalecimento e a valorização das nossas tradicionais de martrizes africana.

    O espetáculo denominado cenas da vida cotidiana, procura evidenciar fatos, hábitos e costumes dos afro-descentes amapaenses sintetizados nesse trabalho que chama “ CENAS”
    “CENAS”, que marcaram a história de constituição pessoal, local moral cotidiana, cultural, econômica e emocional de todo o povo negro desse Estado.
    “CENAS”, que muitas vezes nos permitem refletir a cerca de nossa própria existência e condições humanas.
    “CENAS”, de um povo sofrido, mas por, conseguinte, forte, persistente, lutador e guerreiro que resistiu e ainda resiste a todas as formas de opressão e descriminação, o qual ainda por sua vez, não se deixou e hoje não se deixa esmorecer pelas dificuldades e desafios que a vida lhe impõe.
    Este trabalho é um resumo “cenas” de um povo irmanado em uma cultura, em um propósito em uma luta. Pela equidade de oportunidades, por direitos comuns a todos e todas afro descentes oriundos dos quatros cantos desta grande nação verde/amarela que se chama Brasil.

    O ESPÉTACULO DENOMINADO DANÇA DA FERTILIZAÇÃO- saudação a natureza é um trabalho pautado na relevância que os elementos da natureza e que o meio ambiente tem em nossas vidas como descendentes de escravos africanos. Para nós a natureza é bendita e por isso deve ser reverenciada e exaltada além de respeitada.
    A mãe natureza é bendita e por isso deve ser reverenciada e exaltada além de respeitada.
    A mãe natureza nos dá o alimento material e imaterial para a nossa existência. Ela nos faz lembrar de nossos antepassados e de como eles rendiam graças a riqueza da fauna e da flora e as riquezas minerais que detemos graças também aos deuses africanos, representados pelos orixás que nos orientam a preservar e a render oferenda a natureza.
    A Dança da Fertilização representa a importância da água para a fertilização das plantas e para abundância da água potável. E por, conseguinte para a possibilidade do trabalho e do sustento de nossas famílias e comunidades quilombolas que sobrevivem do alimento dado pela natureza.
    A CIA DE DANÇA AFRO BARAKÁ realiza ainda o trabalho artístico - cultural e educacional através da dança afro. O qual se configura na possibilidade real de trabalharmos a construção identitária e elevação da auto estima de nossos alunos. Assim como trabalhamos outras temáticas educativas, tais como; sexualidade; tabagismo; drogas; doenças sexualmente transmissíveis DST/AIDS; violência domestica; preservação do meio ambiente dentre outras; dentro de um trabalho social-cultural e educacional na rede regular de ensino, assim como dentro das comunidades quilombolas nas quais realizamos trabalhos artísticos e culturais.
    Essa companhia procura utilizar somente, tintas, fibras, couro de animais e madeiras extraídas e colhidas da natureza para a confecção dos nossos figurinos, adornos e instrumentos de percussão.

    A base do trabalho desta companhia são as manifestações culturais afro descendentes tais como: MARABAIXO E BATUQUE. Estas danças são dramáticas de cortejo afro descendentes, realizados dentro de comunidades quilombolas rurais e nos bairros urbanos denominados de LAGUINHO E FAVELA, de predominância afro descendentes, sem intenção de espetáculo no sentido restrito do termo.

    A CIA DE DANÇA AFRO BARAKÁ tem hoje como integrantes:
    A coordenadora e coreógrafa Piedade Videira. Dançadeiras Socorro Videira, Mery Lúcia, Djane Queiroz, Regyana Ramos, vocalista Marilene Azevedo, percursionista Paulo e Joyce Videira e Laura Ramos que também é e a nossa cantadeira de Marabaixo e Batuque e também nossos integrantes mirins Yury Loran, Fábio Wilson Filho e Andrine Videira .